Após publicar a imagem acima presente na nossa página de Facebook (já nos seguem??), recebi algumas questões de leitores, onde a dúvida era notória. Vamos pegar numa das perguntas. Uma senhora questionou o seguinte “ Então posso ou não dar um cão ao meu filho neste Natal?” e nós respondemos:
Todos temos cães. Todos temos alguém próximo com um cão. Seja o amigo que surpreende a noiva com um Yorkie comprado na loja de animais. Seja o amigo que adopta um cão de rua e mostra aos seus filhos que existe sempre uma luz ao fundo do túnel.
Nós não temos nada contra oferecer um cão no Natal desde que se verifiquem determinadas circunstâncias. Com a proximidade do Natal, faz sentido reflectir e fazer as pessoas que nos envolvem pensarem " Oferecer ou não cães no Natal sem planear ou pensar previamente.
O que vocês acham das fotografias, que circulam pela internet, onde se mostram cachorros com o lacinho no pescoço debaixo da árvore de Natal pronto a ser "desembrulhado"? Maioritariamente, esta é considerada uma imagem fofinha e de uma ternura exemplar.
Nós não nos opomos a que aumente a sua família durante o Natal. Desde que seja uma decisão tomada com base nos prós e nos contras. Uma decisão informada e consciente. Não entre na onda das compras por impulso nem em birras da criança lá de casa.
Razões pelas quais um cão nunca deve ser considerado como...
1. Um Presente. Será sem dúvida um sucesso na abertura de prendas, mas um trabalho com o qual não se contava para o pós-Natal. Um cão tem uma esperança média de vida diferente da nossa. Oferecer um cachorro a uma criança de 8 anos, supondo que o animal viverá 10 anos, esta criança que, possivelmente, vai encarar o cachorro como um peluche. Ele vai crescer, vai mudar os seus objectivos e vai deixar os brinquedos para trás. Essa criança com 16 anos não vai entender o cão (agora com 8 anos) como sendo uma responsabilidade e não um bem material.
Existe um trabalho por trás que os pais devem ter. Se tudo for planeado correctamente, a mesma criança não terá a mesma atitude. Até porque está provado que as crianças adquirem o sentimento de responsabilidade mais cedo quando convivem com um cão. Podem conferir aqui.
2. Um dever forçado. Não gostamos que nos obriguem a fazer algo que realmente não nos apetece. Ou não fazemos e desagradamos alguém ou fazemos e sentimo-nos frustrados. Oferecer um cão, sem planeamento prévio, a alguém pode ser uma péssima ideia. O que é bom para si, para o outro não tem de necessariamente bom. Após a desilusão, esperamos que não vá até ao canil mais próximo despejar o inocente animal.
3. Uma compra por impulso. Se a sua família não pode promover um lar sádio a um animal, porquê tentar introduzi-lo no seio familiar? A devolução de um cão acarreta vários tipos de sentimentos negativos para si e para o cão. Pesquise antes. Planeie. Decida se vai comprar um cão puro ou adoptar um abandonado. Tome uma decisão consciente e definitiva em conjunto. Trazer um cão para casa é mais que trazer, é assumir um compromisso.
4.Uma cedência a uma birra. Se a sua filha ou filho desata a berrar e todos os dias lhe diz: Eu quero um Cão! Primeiro, não tem de ceder a todos os caprichos para ser considerado um bom pai ou boa mãe. Segundo, converse. As crianças conseguem entender-nos desde que lhes expliquemos o porquê de não poder ter um cão. Se quer um cão fofinho e todo catita, um Lucas ou um Zurich, vá até à Toys'R'us certamente vai encontrar um cão de peluche extra fofinho.
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