Gentileza Patas&Focinhos Fotografia |
Corriam os anos 90 quando a minha infância aflorava, por muito cruel que seja tinha vizinhos (quem não os teve?) que acorrentavam os seus animais a blocos de pedra com forma de casa, frios e escuro. Geralmente, localizados fora de casa, como se estivessem privados do seio familiar e destinados à solidão, salvo quando as crianças por lá passavam e lhes faziam uns miminhos.
Estar na casota do cão era um sentimento acorrentado a um pensamento que talvez não correspondesse à realidade, mas que no medo do que aquele bloco de pedra estrategicamente esculpido seria....Urrrr, medo! Sempre que arranjei sarilhos, o meu nobre traseiro sentiu na perfeição o que era estar na casota do cão. Era fórmula um quanto ou tanto matemática: J(oana)+S(sarilhos)=P(almada). Se as levei é porque realmente as merecia, mas não é por isso que deixo de amar quem me inculcou a expressão "Estar na Casota do Cão" no meu real traseiro.
Hoje, esta expressão não faz mais sentido. Hoje os nossos animais fazem parte do seio familiar. Cães e família habitam no mesmo espaço, no mesmo lar. Têm a sua cama confortável, as suas mantas quentes, os seus pratos de uso exclusivo, os seus brinquedos, as suas roupas e trela só na rua. Andam livres que nem passarinhos! Uma vida de lordes, assim o é. Acho que não me importaria nada se agora me dissessem isso, acho que até me divertiria.
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