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Dr. Pedro Nabais: Dog Treats, como e quando devemos dar

22.5.13
Patas&Focinhos Fotografia
Exclusivo| Dar biscoitos ao nosso animal por tudo e por nada não deve ser uma prática reiterada no nosso quotidiano. Sabem observar a tabela nutricional que vem nas embalagens? Sabem o que cada palavra significa? Sabem as consequências que a não observação de determinados aspectos pode causar? Há que ter a devida atenção na hora de escolher e na quantidade, como explica o Dr. Pedro Nabais, Veterinário – Director Técnico Naturea Petfoods.

Nunca como agora, a questão das guloseimas caninas, habitualmente designados por “dog treats”, foram tão faladas, e infelizmente, pelos piores motivos. Nos últimos dias, temos assistido a várias noticias (http://vitals.nbcnews.com/_news/2012/09/14/13865945-pet-jerky-treat-death-toll-360-dogs-1-cat-fda-says) que vão dando conta de uma série de problemas registados em cães e gatos, provocados pela ingestão de alguns desses produtos. Estes “acidentes”, apenas nos relembram da importância que temos de dar à escolha de tudo aquilo que damos aos nossos amigos de quatro patas, onde temos de incluir as próprias “guloseimas”. Por esse facto, a origem, os ingredientes e os conservantes, devem ser analisados antes de qualquer compra, e a escolha deve depender da confiança nesses parâmetros. Biscoitos e tiras secas fabricadas a partir de subprodutos, originários de países desconhecidos e/ou duvidosos, com a utilização de conservantes artificiais, ou esterilizados com recurso a radiações, na nossa opinião são sempre de colocar de parte. 

Os ingredientes deverão ser o mais naturais possíveis e com a máxima qualidade possível, de preferência aprovados para consumo humano. Mesmo quando os fabricamos em casa, há uma série de aspectos que temos de ter em atenção, pois as nossas guloseimas, são muito diferentes das “guloseimas caninas”. O sal, os temperos, o açúcar, os cereais, são tudo ingredientes a evitar, tal como o Chocolate, que como sabemos, é tóxico e muito perigoso para os nossos amigos de quatro patas.

A quantidade a administrar, é sempre relativa e deve ter em conta a componente calórica do alimento. Como o próprio nome desse tipo de produtos indica: “Alimentos complementares para cães e gatos”, os mesmos são pensados e fabricados para serem administrados em complemento à alimentação habitual. Dessa forma, independentemente do tipo e até a qualidade do produto que estamos a falar, deverá ser sempre a excepção e não a regra, isto é, deverão ser dados apenas em “ocasiões especiais” e não satisfazer a vontade da rapaziada, e fazer disso a sua alimentação base. Como recompensa por uma boa acção, ou como um “miminho” quando nos apetece (a nós), é, e deve ser sempre, suficiente. 

Um pormenor importante, é que a quantidade da alimentação completa diária habitual deverá ter em atenção os “extras” que foram administrados durante o dia, ou seja, quando abusamos nos “miminhos” e/ou recompensas, não nos podemos esquecer de ajustar a quantidade de alimento completo administrado. Caso contrário, corremos sérios riscos de ficarmos com uns amigos de quatro patas muito redondos.
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