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VACINAÇÃO - de pequenino se torce o pepino

16.4.12
Entrevista| Possivelmente já ouviram o ditado "De pequenino se torce o pepino". É mesmo de pequeno que se começa a vacinar os nossos animais. A vacinação é um comportamento reiterado na sociedade recomendado pela medicina veterinária. A vacinação é, fundamentalmente, um modo de prevenção não apenas do animal como dos que o rodeiam. 
Em breves artigos iremos abordar a VACINAÇÃO, com a colaboração da médica veterinária Marta Guerreiro.

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Drª Marta Guerreiro -
além de médica veterinária
é também autora do blogue AMMA PET
O Mundo do Lucas: No caso de adquirir um filhote, quais as vacinas que deve tomar e em quanto tempo?
Marta Guerreiro: Os cães estão aptos para a primovacinação (1ª vacina) a partir das 6 semanas e os gatos a partir das 8 semanas. É nesse altura que os anticorpos protectores que foram dados através do leite materno começam a decrescer e daí a necessidade da vacina. Desta forma, devem receber 2 ou 3 doses de uma vacina polivalente específica para a espécie com intervalos de 3 a 4 semanas.
No caso dos canídeos, a vacina deve incluir protecção para doenças como esgana, parvovirose, adeniviroses tipo 1 (hepatites), adenoviroses tipo 2 (doenças respiratórias), parainfluenza canina e leptospirose. Até aos 6 meses deve ser dada a vacina contra o vírus Raiva que só terá reforço anual.

O Mundo do Lucas:  O cachorro pode sair de casa após a 1ªvacina? Não, porquê?
Marta Guerreiro: Após a 1ª vacina a imunidade não fica completa por isso é desaconselhado passeios na rua ou outros locais. A vacinação funciona como construir uma casa - a 1ª vacina só ainda são os alicerces. Recomendo os passeios e banhos apenas 15 dias depois do 2º ou 3º reforço vacinal (dependendo das vacinas que se utilizaram).

O Mundo do Lucas: Para si, a não vacinação é uma questão de saúde pública? 
Marta Guerreiro: Apesar da grande maioria das doenças para as quais os animais são vacinados não serem transmissíveis aos humanos (tal não acontece com a raiva e leptospirose) creio que assumir um eficaz plano de vacinação é acima de tudo uma demonstração do carinho e respeito pelos nossos amigos e pela sua saúde. A primovacinação é essencial pois, como atrás referi, faz-se a "construção da casa" a nível imunitário.

O Mundo do Lucas: Quais as vacinas que realmente precisam ser administradas anualmente?
Marta Guerreiro: Sabemos hoje que os anticorpos produzidos pelas vacinas contra certas doenças podem durar até 2 ou 3 anos após a vacinação. Dessa forma, anualmente deve ser feito o reforço da vacina contra a Raiva e contra a Leptospirose (esta ultima, em zona endémicas, está aconselhada de 6 em 6 meses.) 

O Mundo do Lucas: Na sua opinião, que razões levam muitos veterinários a recomendar tantas vacinas? Estarão envolvidas questões económicas?
Marta Guerreiro: Não nos podemos esquecer que existem profilaxias adicionais como a prevenção da febre da carraça, tosse do canil e agora contra a Leishmaniose. Creio que os médicos veterinários acabam por realizar o aconselhamento de todas e o melhor que o cliente tem a fazer é pedir um bom esclarecimento ao médico sobre as vantagens de cada uma consoante as necessidades do animal. Por exemplo, se o animal não costumar ir para canis ou hóteis e vive somente com a sua família humana, não faz sentido vacinar contra a Tosse do Canil.
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